terça-feira, 30 de junho de 2015

Cidadania: população e comércio araguaiense colaboram com coleta de lixo e limpeza das ruas

Por Zilda Arcanjo

 Junho não é apenas o mês de festas juninas, é também o mês do meio ambiente. Em Alto Araguaia-MT, algumas atitudes tomadas pela população, faz que a cidade fique mais limpa e sem acúmulo de lixo nas ruas. A preocupação em relação ao lixo produzido, é tanto dos moradores, quanto dos próprios empresários de rede de supermercado.
O detrito comercial, bem como das residências, é transportado pelo poder público e depositado no aterro sanitário da cidade. Para evitar que os resíduos fiquem muito tempo nas calçadas, a gerência de um supermercado, situado na região central do município, organizou uma equipe coletora.
Segundo a gerência, representada por Moacir Antoniacci Trivelato, este serviço facilita o trabalho de todos e as medidas foram tomadas devido a sujeira nas ruas causadas, também, por animais. “Os cachorros que ficam nas ruas, às vezes espalham os lixos porque o portão fica aberto na hora de descarregar os caminhões, mas, nós estamos corrigindo isto”, explica o gerente. Além da própria equipe de coleta, o comércio conta com amplas lixeiras instaladas aos fundos do supermercado, onde separam os vários tipos de resíduos antes do descarte. É o primeiro estabelecimento a adotar esta medida.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em média, uma pessoa produz 1,5kg de lixo por dia. Sobre este dado, o estudante de Ciência da Computação, Diego Pereira de Amorim, 19 anos, comenta que é um grande índice, principalmente, pelo lixo comercial. “É um dado muito grande, tendo em vista o todo; acho uma falta de respeito muito grande com o cidadão”.
Um casal que dá exemplos de cidadania é Dona Alcir Padilha da Silva e Walter Guimarães, ambos de 72 anos e aposentados. Eles dão dicas de como manter o ambiente limpo e bem cuidado.  “Varrer as calçadas todos os dias é um ato simples, mas de grande valia e ajuda a cidade ficar mais bonita”, destaca dona Alcir. Já Walter, pontua: “As pessoas precisam ter consciência de que não se pode jogar lixo no chão ou em qualquer lugar”.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Arraiais beneficentes movimentam a cidade de Alto Taquari/MT

Quadrilha envolvendo os alunos da Associação Pestalozzi
Por Yasmine Monica Martins

Em clima de festa junina algumas instituições do município de Alto Taquari, sudeste de Mato Grosso, usaram a data para realizarem eventos temáticos. Na sexta-feira (26), a Cecoi (Centro de Assistência ao Idoso), realizou um arraial beneficente com o propósito de arrecadar fundos para complementar o valor de uma viagem turística que o grupo faz todos os anos em alguma região brasileira. Desta vez, o destino é no parque Termas Águas Quentes, cerca de 85 km da capital matogrossense, Cuiabá.
Juliana Magalhães, Secretária de Assistência Social e
organizadora do Arraial da Cecoi
A secretária de Assistência Social, Juliana Magalhães, 42 anos, organizadora do evento, comenta sobre as atividades do Cecoi.  “No período junino, nós sempre realizamos a quadrilha. Este ano eles tiveram duas semanas de ensaio. Os trabalhos do grupo da melhor idade não param”.  O arraial foi realizado em frente a instituição e contou com a presença da população em geral.
Outro arraial que movimentou a cidade este mês foi organizado pela Associação da Pestalozzi de Alto Taquari, instituição que trabalha com crianças portadoras de deficiência. A festa ocorreu no sábado (13) e ficou conhecida como “o Arraial da Pestalozzi”. Durante as festividades, a população pode contar com barraquinhas, comidas típicas, quadrilha e show musical. De acordo com a Diretora da Associação da Pestalozzi, Joelma Coimbra dos Santos, 30 anos, foi a primeira vez que a Pestalozzi realizou o evento “Queremos incluir as crianças nessas tradições juninas. Quando a associação surgiu na cidade, já havia passado o mês de junho. Os trabalhos foram iniciados em agosto de 2014”, pontua.
A auxiliar de dentista, Aline Cristiane Campos de Souza, 23 anos, que esteve no arraial da Pestalozzi comentou a importância da festa. “Ter visto essas crianças se divertindo foi muito animador! Os colaboradores estão de parabéns, pois proporcionaram mais alegria a essas crianças especiais”, afirmou a jovem.

             Ao todo, o arraial da Associação Pestalozzi arrecadou três mil reais. O dinheiro será usado na própria instituição, já que a mesma é filantrópica, não possui fins lucrativos e não tem outro meio de repasse financeiro. Já a festa promovida pela Cecoi, ainda não teve o balanço de gastos e saldos divulgados.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Colóquio de Jornalismo em Alto Araguaia promove discussão sobre mercado e pesquisa

Por Aline dos Anjos 

A nona edição do Colóquio, debate a produção científica na academia sobre a ótica da pesquisa e mercado. O evento organizado pelo curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Alto Araguaia, vai ser realizado entre os dias 23 a 26 de junho, no Centro de Pesquisas de Alto Araguaia (Cepaia), anexo ao campus. A programação se diversifica entre mesas-redondas, exposição de trabalhos, oficinas e amostra cinematográfica.
A novidade para este ano são as oficinas. A comissão organizadora procurou fazer atividades mais dinâmicas e atender o pedido de mobilidades de horários. Atividades que antes aconteciam apenas durante o dia, agora serão ofertadas no período noturno, o que possibilita a participação de alunos que trabalham e não participavam das mesmas.
Segundo a coordenadora do evento, professora Me. Rosana Alves, o Colóquio tem como objetivo estimular o debate e a produção cientifica. “O encontro foi pensado como incentivo aos acadêmicos a se tornarem pesquisadores, se aprofundarem e produzirem trabalhos científicos, aprimorando assim o seu conhecimento”, afirma.
Como nas edições anteriores, o evento contará com a presença de convidados de outras instituições. Para a mesa-redonda de abertura, na terça-feira (23), os professores Dr. Edson Luiz Spenthof (UFMT), Me. Ailton Segura (UFMT) e Me. Daniele Teixeira Tavares (Assicom-Unemat / Cáceres) vão discutir as novas diretrizes curriculares para o curso de Jornalismo. A mesa será mediada pela professora Me. Marli Barboza (Unemat).  
No dia seguinte, será a vez dos professores Dra. Rosely Romanelli (Unemat), Me. Lawrenberg Advincula da Silva (Unemat) e Taís Marie Ueta (SECOMM-UFMT)  apresentar a importância da pesquisa e relacioná-la com o mercado regional. A mediação será realizada pelo professor de Jornalismo Réulliner Rodrigues (Unemat).  
Na quinta-feira o destaque são os quadrinhos. A jornalista Taís Marie Ueta (SECOMM-UFMT) fará um percurso sobre os quadrinhos na contemporaneidade, tendo como debatedor o professor Me. Max Robert Marinho (Computação / Unemat) e mediação o professor Me. Iuri Barbosa Gomes. 
Será feita também uma mostra Cinematográfica do Projeto Artset e uma oficina sobre Imprensa Sindical que será conduzida pelo professor mestre Miguel Rodrigues Netto (Unemat). 
Os participantes presentes no evento serão certificados e poderão ter até 40 horas.



sábado, 13 de junho de 2015

Conferência Municipal de Assistência Social em Alto Araguaia aprova trinta propostas

Por Eliana Cavalcante

    Em sua décima edição, a conferência municipal da assistência social realizado em Alto Araguaia/MT, no último dia 11 de junho, aprovou trinta projetos. O evento tem por finalidade avaliar as ações executadas em cada município e propor estratégias para melhorar o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. Organizado a cada dois anos, o encontro teve como tema “consolidar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), rumo a 2026” e contou com a presença de integrantes dos Conselhos de Assistência Social dos Municípios de Alto Araguaia/MT.
       Durante a conferência, os participantes realizaram atividades em grupos, no intuito de elaborar e discutir propostas relacionadas aos serviços sociais da região, a unificação do sistema único de assistência social, e o fortalecimento do grupo para uma gestão mais democrática. Ao todo foram apresentados trinta projetos, ambos aprovados por unanimidade, com destaque para a criação de uma “casa de conselhos”. Conforme explica o psicólogo Adriano Gabriel, trata - se de um lugar criado especificamente para agregar todos a secretarias, com o objetivo de facilitar o acesso aos usuários.
     As palestras foram ministradas por Letícia Arruda Albuquerque, 31anos, assistente social da Associação das Primeiras Damas de Cuiabá (APDM), O congresso foi bastante proveitoso, porque saíram propostas positivas, que se forem implantadas, virão beneficiar os conselhos proporcionados melhores condições de trabalho e consequentemente aperfeiçoando o atendimento aos usuários”. 
Conferência aconteceu no salão da AABB (Foto: Marise Carvalho)
      Segundo a secretária de Assistência social, Sandra Paniago, 45 anos, A função da Assistência Social é ajudar a minimizar os problemas sociais existentes.  Por esse motivo, encontros assim são fundamentais para discussão de politica públicas com propósitos voltados especificamente para a população mais carente, com algum tipo de problema familiar, como violência, e alguma forma de exploração etc. segundo “o objetivo principal é fazer uma reflexão a respeito das ações realizadas, pela a Assistência Social de Alto Araguaia, bem como questionar, debater, avaliar, e pedir melhorias para nosso município, portanto, é preciso que a sociedade participe”.

      De acordo com Adriano Gabriel, 37 anos, psicólogo do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Santa Rita do Araguaia/GO, a sociedade precisa lutar por seus direitos e colocar em práticas as leis. “É imprescindível a participação de todos; o Sistema Único de Assistência Social, é uma política muito importante criado há dez anos no Brasil. Agora é o memento de discutir ações futuras. A conferência oferece  essa oportunidade para exercitar a democracia e discutir projetos que vão contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, finaliza o profissional.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Unemat de Alto Araguaia fatura cinco prêmios em congresso regional de comunicação

Eliana Cavalcante e Yasmine Mônica


       Estudantes de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Alto Araguaia, conquistam prêmios na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), promovido pelo XVII Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom). De dez trabalhos enviados, cinco foram contemplados nas modalidades fotonovela, ensaio fotográfico artístico, projeto de assessoria de imprensa, reportagem impressa e roteiro não ficcional. 
     O Intercom ocorreu entre os dias 4 e 6 de junho, em Campo Grande/MS, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Como tema, o evento abordou a “Comunicação e Cidade-Espetáculo”, na qual teve a presença de várias instituições do Centro-Oeste nas seguintes áreas: jornalismo, relações públicas, rádio e TV, publicidade e propaganda entre outras. Durante o evento os acadêmicos puderam se envolver em diversas atividades como palestras , minicursos e oficinas.

      O inicio do Intercom ocorreu com a recepção dos calouros, em seguida o credenciamento. A cerimônia de abertura contou com o discurso da presidente do Intercom Centro-Oeste, Marialva Barbosa, e do organizador e coordenador do curso de jornalismo da (UFMS), professor Drº Marcos Paulo da Silva que comentaram a importância desse evento regional. 
     Para Miriam Soares de Araújo, 32 anos, estudante de jornalismo da Unemat/Alto Araguaia, participar do Expocom é importante, fundamental e necessário. “É através das atividades que fazemos durante o semestre que temos a oportunidade de expor para outras pessoas. Além disso, a premiação serve como um termômetro do trabalho feito”. A aluna teve trabalho premiado na categoria de assessoria de imprensa.
     “Achei incrível participar do Intercom. O congresso é interessante justamente pela troca de conhecimento e por ter atividades fora da faculdade”, comenta a acadêmica de jornalismo da UFMS/Campo Grande, Natalia Moraes dos Santos, 20 anos.
      No encerramento o coordenador Marcos Paulo da Silva, ponderou sobre algumas falhas que houve no evento citando os alojamentos, o restaurante universitário e pediu desculpas aos congressistas. Além disso, agradeceu a participação de todos que colaboram com o congresso. Destacou ainda o comprometimento do pessoal da empresa de Comunicação Junior, "Brava" da UFMS, porque mesmo em greve e com alguns contratempos a universidade conseguiu realizar um ótimo congresso. 



TRABALHOS VENCEDORES DA EXPOCOM/INTERCOM CENTRO-OESTE 2015

CATEGORIA JORNALISMO
Modalidade: Projeto de Assessoria de Imprensa
‘Assessoria de imprensa para Pastoral da Criança de Santa Rita do Araguaia/GO’
Alunas: Cálita Fernanda, Miriam Soares de Araújo e Vanessa Rezende
Orientadora: Ana Carolina de Araújo Silva

Modalidade: Reportagem em jornalismo impresso
Reportagem ‘A festa que atrai gente viajante: descobrindo os caminhos e descaminhos da reportagem’
Alunas: Brenda Carvalho, Cassiane Luísa Mews e Laura Cristina
Orientador: Lawrenberg Silva

CATEGORIA PRODUÇÃO TRANSDISCIPLINAR EM COMUNICAÇÃO
Modalidade: Ensaio Fotográfico
Ensaio ‘Trabalhadores invisíveis’
Aluno: Ronaldo Divino Borges
Orientador: Lawrenberg Silva

Modalidade: Fotonovela
Ensaio ‘Responsabilidade socioambiental a partir da fotonovela’
Alunos Adriana Porto Santos, Igor Perez e Marcus Vinicius Santos
Orientador: Lawrenberg Silva

CATEGORIA CINEMA E AUDIOVISUAL
Modalidade: Roteiro de não-ficção
‘Restos: Produção de curta-metragem no interior de MT’
Aluno: Caio Higor Alvarenga
Orientador: Lawrenberg Silva



quinta-feira, 4 de junho de 2015

Greve divide opiniões de alunos e professores da Unemat, campus de Alto Araguaia

Professores decidem não aderir à greve. Alguns alunos concordam com a posição, outros acadêmicos taxam os professores de “covardes” e “medrosos”.

Por Ademilson Lopes

“Professores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em greve!” Isso é o que anunciou a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), na segunda-feira (01). No campus de Alto Araguaia, os educadores recuaram e decidiram não aderir à greve e continuar com as aulas normalmente. O mesmo aconteceu semanas antes quando a classe divulgou, no dia 25 de maio, uma paralisação.
Nessa posição, os professores receberam apoio de alguns alunos, que dizem entender a situação delicada que reflete o momento e a realidade do campus. Porém, outros acadêmicos taxam os professores de “covardes” e “medrosos”. “Ensinam em sala de aula o que não fazem na prática”, desabafa o estudante do 4° semestre de jornalismo, Felipe Garrido, de 21 anos. 

Entenda o caso

No dia 27 de maio, vinte e dois professores dos três cursos (Letras, Ciência da Computação e Jornalismo) do campus da Unemat em Alto Araguaia, se reuniram para deliberar se iriam aderir à paralisação de advertência sugerido pela Adunemat. Duas propostas foram colocadas em pauta: paralisar as atividades educacionais de quarta à sexta-feira (29); ou continuar com as aulas normalmente sem paralisação e aguardar os desdobramentos futuros. Após um caloroso debate, a segunda proposta venceu a primeira por 11 votos a nove; dois professores se abstiveram de votar.
O idealizador da primeira proposta e professor do curso de Jornalismo, Gibran Luiz Lachowski, acabou como voto vencido na reunião e acredita que a paralisação, ao longo daquela semana, poderia ter evitado a greve deflagrada pela Adunemat. “A paralisação de advertência de quarta à sexta teve apoio de uma parte de professores, sobretudo de jornalismo, no sentido de fortalecer o movimento dos docentes para que não houvesse greve, porque ninguém quer greve. Só que a maneira correta de não fazê-la seria paralisar para pressionar”, esclarece.
Já na segunda-feira (01) os docentes de jornalismo e de computação se reuniram separadamente com os seus pares, e os dois grupos decidiram não aderir à greve e seguir com o calendário normal de aulas. Os professores de letras foram os únicos que não se reuniram para decidir sobre a greve. Segundo o professor Milton Chicalé Correia, lotado no curso, já havia um consenso entre os seus colegas contra a greve e por essa razão dispensou-se qualquer encontro para debater o tema.
Para alguns professores – contra e a favor da greve -, o apoio do Sintep é fundamental para os rumos das negociações da Adunemat. Conforme esses docentes explicam, se os professores da rede estadual básica de ensino não paralisarem, a greve na Unemat vai ficar sem força. “Eu acho que vale o bom senso. O principal sindicato do Estado, que é o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público), tem de 12 a 15 mil sindicalizados. Enquanto ele não entrar em greve, o resto não faz volume. O Estado realmente não tem dinheiro para pagar o reajuste. Nós temos todo o direito de fazer greve, mas o governador agora tem todo o direito de não pagar”, pontua Max Robert Marinho, 35 anos, lotado no curso de computação. Marinho diz ainda que a pauta de reinvindicações feitas pela Adunemat não justifica a interrupção das aulas.  O docente é contra a greve.
Por outro lado, os professores de jornalismo em Alto Araguaia foram os únicos que se reuniram com os alunos do curso para dar esclarecimentos em torno da greve. A assembleia aconteceu na última segunda-feira (01), no período de aula, às 20h. Os educadores de letras e computação não dialogaram ainda com a classe estudantil por meio de um evento semelhante.
“Nenhum outro curso aqui do campus fez essa socialização (reunião com os estudantes). Para eles parece que as coisas simplesmente continuam. Para nós de comunicação, não. A gente não aderiu nesse momento, mas nos mostramos profundamente tocados e mexidos com a situação (greve). Uma parcela de professores está sedenta para fazer mobilização (greve) e eu acho que vale a pena”, comenta Lachowsky.
Entre os principais argumentos, está a fragilidade política do campus de Alto Araguaia para entrar em confronto com o Governo e com a direção da Unemat, por falta de engajamento.
Campus de Alto Araguaia (Foto: Marcos Cardial)

“Suposta” fragilidade do campus de Alto Araguaia

De maneira geral, no âmbito dos três cursos em Alto Araguaia, os professores que são contra a greve argumentam que, por ser um campus pequeno, detentor de um número reduzido de alunos, distante dos centros de decisão e relativamente novo, não vale a pena arriscar. Eles ressaltam que um movimento grevista poderia comprometer o futuro da instituição na cidade, temendo represálias e boicotes por parte do Governo e da direção, em Cáceres, o que poderia afetar até investimentos no campus local.
“Olha, a Unemat em Alto Araguaia, ainda mais depois de tanta represália que a gente toma da sede, acho que não é o momento para querermos entrar em greve agora não”, defende Marinho.
No entanto, para o acadêmico Felipe Garrido, esse medo demonstrado pelos professores representa um ato de covardia. “Eu não concordo com esse posicionamento. Existem outros campi mais jovens do que o de Alto Araguaia em greve. Nós temos o campus de Pontes e Lacerda que começou com apenas um curso aderindo e a greve se estendeu para os outros cursos, porque os universitários decidiram paralisar. Os professores têm posicionamentos particulares para não aderir à greve e os que são favoráveis estão sendo pressionados por quem é contra. Eu como futuro jornalista me sinto decepcionado por eles (professores)”, conta.
Para a universitária do 3° semestre de Jornalismo, Robilainy Rodrigues Lima, 24 anos, a atitude dos professores é justificável. “Eu concordo com os professores. Existem outras situações que devem ser levadas em consideração. Aderir à greve no momento não seria conveniente nem para os professores na situação em que eles se encontram e nem para nós, acadêmicos; pelo menos não para mim, por conta do atraso no calendário de aulas”, comenta.
Em Computação, Marinho conta que o calendário de aulas termina em duas semanas para todos os alunos do curso, finalizando o semestre. Por isso, ele defende que uma paralisação imediata, além de prejudicar os universitários, não trará efeito positivo para as reinvindicações da pauta grevista.

Cartaz de manifestação em Cuiabá/MT. (Fonte: Facebook/Adunemat)

Principal reivindicação: recomposição inflacionária

O foco central que a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) lutam, se refere a recomposição inflacionária de 6,22% - a incidir sobre o salário dos docentes -, alusivo à Revisão Geral Anual (RGA). Esse valor serve para evitar que os professores percam o poder de compra. Isto é, se os preços sobem com a inflação, a remuneração dos educadores deve aumentar no mesmo percentual, impedindo a desvalorização dos salários.
Por outro lado, o Governo do Estado pagou a metade do reajuste (3,11%) no final do mês passado e fez a proposta de que quitaria os outros 3,11% no mês de novembro deste ano. Segundo o governador Pedro Taques (PDT), se o reajuste integral for pago aos professores da Unemat, o Poder Executivo vai descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com a Lei invocada por Taques, o Poder Executivo dos estados está impedido de usar mais de 49% da receita corrente líquida para cobrir gastos com pessoal (despesas com funcionários públicos, o que inclui o pagamento de salários). Conforme o governador, o Estado já ultrapassou esse limite em 0,85% e por isso não tem condições de atender à reivindicação dos professores da Unemat.
“Estamos fazendo a greve para cobrar um direito nosso. É legal, mas o que o governo está propondo é abuso de poder. Não aceitamos a proposta e vamos continuar com a greve e não temos data para retomar as atividades. O governo é obrigado a pagar o que prometeu” comentou o presidente da Adunemat, Leonir Amantino Boff.
            Uma nova Assembleia Geral Extraordinária da Adunemat está marcada para terça-feira (09), em Cáceres-MT, às 14h. Consta no convite que o evento servirá para avaliar o andamento da greve e decidir a sua continuidade.

Estudantes e professores da Unemat participam de congresso de comunicação em Campo Grande/MS



Ao todo, vinte e sete alunos do campus de Alto Araguaia foram para o XVII Intercom Centro-Oeste

Por Zilda Arcanjo

Alunos e professores de jornalismo de saída para Campo Grande/MS, na
quarta-feira, 03. (Foto: Aline dos Anjos)
           Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Alto Araguaia, participam do XVII Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom) da Região Centro-Oeste. O evento que teve início na quinta-feira (04) é realizado na Universidade Federal do Mato Grosso Sul (UFMS), em Campo Grande.
De acordo com informações do professor Me. Lawrenberg Advíncula da Silva, organizador da etapa local, vinte e sete alunos de jornalismo foram para o evento este ano. Ele aponta ainda que a presença dos estudantes no Intercom é produtiva e oportuna ao curso. “O congresso é proveitoso para o intercâmbio dos alunos com as outras universidades da região, além de fomentar a prática profissional e pesquisa”, comenta.
Professor Me. Lawrenberg Advíncula
No total, os acadêmicos deverão apresentar dez trabalhos em diferentes modalidades na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). A exposição que é anexa ao congresso, é também um prêmio destinado aos melhores trabalhos experimentais realizados por alunos na área de comunicação.
Para a acadêmica Deisiane Macedo, do 6º período de comunicação da Unemat, concorrer na exposição será proveitoso. “Expor um trabalho fora do nosso campus, é uma grande experiência”. É a primeira vez em que aluna participa do evento e leva um projeto feito em conjunto com mais duas colegas. Trata-se de um manual com informações que ajudam estudantes a manusear o Moodle (plataforma de aprendizagem virtual).
Ronaldo Divino Borges, acadêmico
do 8º sem. do curso de Jornalismo
Premiado duas vezes no Intercom regional e duas vezes no nacional, o estudante do 8º semestre de jornalismo, Ronaldo Divino Borges, vai para seu quarto congresso regional. Nesta edição, Ronaldo leva um ensaio fotográfico artístico, com a temática da invisibilidade pública. “É sempre interessante ir ao Intercom, minhas expectativas são boas, estou animado”, ressalta o acadêmico.

É o oitavo ano em que o campus de Alto Araguaia marca presença no anual de comunicação. Ao todo, o curso de Jornalismo já recebeu 33 prêmios no congresso regional e 04 no nacional. Além da Unemat campus de Alto Araguaia e da turma especial de Jornalismo do campus de Alta Floresta, o Itercom Centro-Oeste conta com a participação da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Católica de Brasília (UCB) e Universidade Federal do Goiás (UFG).